China propõe nova internet
A China aprovou a criação da Cernet2, uma rede de IP´s alternativa a atual internet, que segundo o país está excessivamente dominada pelos EUA e não é suficiente para atender a demanda que surge com o aumento de internautas principalmente nos países mais povoados. Na internet, cada computador recebe um número de identificação chamado IP (Internet Protocol). A versão atual, IPv4, só é capaz de fornecer 4,294 bilhões de números, o que não permitiria que, no futuro, cada pessoa tivesse pelo menos um número IP (a população mundial atual supera os 6,5 bilhões), algo que preocupa nações de grande população como a Índia ou a China, onde o uso da Internet cresce rapidamente. China, EUA, Coréia do Sul e Japão trabalham em suas próprias redes para desenvolver o IPv6. A internet funciona baseada em cerca de treze servidores raiz de DNS, que são capazes de traduzir enedreços IP numéricos em endereços de internet (www.site.com) possibilitando a navegação mundial. Desse total cerca de onze ou doze servidores estão em território norte americano. Há várias cópias de segurança desses servidores espalhadas pelo mundo, uma delas foi instalada a menos de dois anos em São Paulo e é uma das únicas da América Latina. O projeto Cernet2 é apoiado por empresas chinesas como a China Telecom, a Lenovo ou a China Mobile, que produziriam equipamentos baseados nela com fins comerciais. Por enquanto, a rede chinesa Cernet2 será testada em 25 universidades de 20 cidades chinesas, antes de sua possível extensão aos computadores de todo o país. As empresas esperam lançar os primeiros aparatos para a IPv6 chinesa antes do fim deste ano. A China tem mais de 1,3 bilhão de habitantes e cerca de 123 milhões de internautas.
Leia a íntegra da notícia no Terra. O parágrafo sobre os servidores raiz de DNS foi de minha autoria.
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