quinta-feira, 17 de julho de 2008

E não é que parou...

Quando fiz o post em 2006 E se a internet parasse de funcionar achava que isso era improvável, impossível, mas a Telefônica provou que isso não é tão difícil assim. O estado de São Paulo ficou sem internet (principalmente na rede corporativa e de órgãos do governo) por três dias.
O resultado direto disso na minha vida foi mínimo, tive que salvar um trabalho em pen drive ao invés de mandar por e-mail, tive que pagar uma pizza em dinheiro porque a máquina de cartão não conseguia conectar na central. Mas imagine o prejuízo de milhares de máquinas de cartão paradas, de órgãos do governo sem trabalhar, de informações críticas isoladas.
E, segundo a Telefônica, tudo isso foi causado por UM roteador em Sorocaba (SP, óbvio...) que gerava rotas falsas.
Para quem não sabe o que um roteador faz, um exemplo didático: Você quer chegar no site do Google, o roteador é o cara que diz: "Você está procurando este site? Segue em frente, vire a direita e pergunte para o próximo roteador.", até que chega um roteador que está "na área" do Google e diz: "É só entrar ali" (tá bom, foi um exemplo bem tosco mas deu pra entender bem). Este roteador estava "sacaneando" e dando informações erradas.
Agora me diga, como UM único equipamento consegue causar este estrago todo, prejuízos de milhões de reais? Eu acreditava que a infra-estrutura fosse menos vulnerável a esse tipo de problema.
Agora todos os clientes do Speedy vão ter o desconto relativo a cinco dias de acesso na conta. Espero que isso não se repita, não gosto da idéia daquele post ser algo profético...

Palavra do dia: Defenestrar

Essa já é famosa, apareceu em uma crônica do Luís Fernando Veríssimo. Então sem mais rodeios:

Defenestrar
Ato de atirar alguém ou algo pela janela fora.

O mais legal é o exemplo da aplicação em frase [Soletrando detected!] do dicionário Aurélio: A defenestração de Praga ocorreu em 1618.(!??)
Como assim, jogaram uma cidade pela janela? Eis que a wikipédia vem esclarecer tudo, foram episódios da história da Boêmia (não a cerveja, esta é com H, a região da República Tcheca!), os defenestrados eram pessoas e não houve apenas uma, mas duas defenestrações! Não perca tempo, conte isso para seus amigos (ou não), use esta maravilhosa palavra em seu dia-a-dia (ou não também...): "Não vamos defenestrar lixo do carro hein!", "Minha vontade é de te defenestrar!". Olha que coisa, você aprendeu história e português com uma só palavra.

Liberdade de imprensa e algo mais

Por ocasião do IV Congresso Brasileiro de Publicidade, realizado na cidade de São Paulo (SP) de 14 a 16 de julho, muito tem-se falado em liberdade de imprensa e liberdade de expressão.
Particularmente, acompanhei a cobertura da Globo com duas matérias bastante extensas no Jornal Nacional dia 15 e dia 16.
Sou completamente a favor da liberdade de expressão (é ela que possibilita que eu escreva e qualquer um na internet possa ler), mas vi com olhos bastante críticos a cobertura desse evento. João Roberto Marinho afirmou que no congresso tramitam mais de 200 projetos que buscam restringir a liberdade de imprensa, que isso tira a liberdade do cidadão de decidir o que é bom para ele, que o Estado está infantilizando o cidadão e sendo paternalista.
Tudo bem, no meio desses 200 projetos devem haver absurdos, já houve um deputado que queria controlar a internet (esse não devia nem fazer idéia do volume de dados que trafega pela internet e o custo em controlar isso tudo), mas qual o problema em restringir a propaganda de bebidas, cigarros, remédios? O grande problema é que a propaganda é a maior fonte de renda das emissoras. A Globo não foi "boazinha" defendendo a liberdade, ela estava defendendo seus interesses, seu dinheiro. E com certeza isso deve ter acontecido em outros meios. Prega-se a liberdade desde que ela seja conveniente aos interesses deles.

quarta-feira, 16 de julho de 2008

Engenharia

Há algum tempo atrás um colega de turma nos passou o link de um artigo intitulado "Por que é que a gente é assim?" escrito pelo engenheiro, escritor e palestrante Ênio Padilha. O artigo faz uma análise do ensino de engenharia e o compara ao ensino de medicina, odontologia e direito.
O autor justifica o porquê das comparações, mas o que eu gostaria de comentar é apenas sobre o que ele diz sobre a engenharia (nos comentários sobre o artigo pessoas de outras áreas colocam pontos de vista interessantes sobre o que ele diz nas comparações).
Esse artigo traduz muito bem o sentimento que tive (e que certamente muitos outros têm) após ingressar no curso. Antes de chegar a engenharia, pelo menos na minha turma, todos eram excelentes alunos e nunca precisaram fazer muita "força" para passar nas matérias e progredir na escola.
Quando entramos na universidade, um dos maiores choques foi a disciplina de Cálculo 1. São conceitos completamente novos e parece haver um salto do que vimos no Ensino Médio para o que é visto na disciplina. Você está acostumado, a vida toda, a estudar relativamente pouco e tirar notas muito boas, eis que vêm as primeiras provas, você estuda muitas horas durante dias para uma única prova e o resultado é uma nota abaixo da média. Você estuda o dobro para a outra prova e melhora meio ponto, piora... É claro que isso depende do professor, depende da afinidade do aluno com a matéria, mas sempre há uma disciplina-problema, se não for Cálculo é Geometria Analítica, Física 1... Enfim, há uma.
Há professores muito bons, a maioria é o melhor ou um dos melhores em sua área, tecnicamente. Há professores excelentes (você sai da aula dizendo "esse cara é f*da"), mas há muitos sem a mínima didática, sem vocação para dar aula mas que o fazem para continuar pesquisando; outros que gostam de repetir que tudo é fácil, que na época dele isso caia no vestibular, que qualquer um consegue fazer aquilo, que faltou dedicação (é péssimo ouvir isso depois de virar noites uma semana inteira e receber uma nota baixa) enquanto a média da sala é baixíssima; outros que hajem como se dar aulas fosse um favor, ele olha com desprezo para aquela prova em que você deu o máximo de si; enfim, repetidas vezes nossa auto-estima é colocada para baixo e ouvimos que precisamos ser bons, passar em todas as matérias, procurar bolsas de iniciação científica ("se tiver um pau nem tente a Fapesp"...) mas há um ou dois alunos, pontos fora da curva, que conseguem manter o ritmo do Ensino Médio e passar em todas as matérias com facilidade.
Para ter contato com a "realidade" do mercado, ou algo mais palpável que dê um norte sobre como será sua vida no mercado, é preciso ser pró-ativo e buscar iniciativas como empresa júnior ou falar bastante com ex-alunos. Ou seja, além de toda a carga do curso você precisa buscar isso "por fora". A teoria é, quase sempre, totalmente dissociada da prática, você estuda um monte de coisas e fica pensando "isso não vai servir pra nada". É óbvio que para nada, nada mesmo, aquilo não irá servir. Se está lá é porque algum motivo tem, aquilo é importante mesmo que de maneira muito indireta ("ajuda a desenvolver raciocínio lógico", "é cultura geral", "se você precisar um dia, sabe onde procurar"). O problema é que, as vezes, algo que "ajuda a desenvolver o raciocínio lógico" é cobrado com considerável profundidade e pode atrapalhar muito o andamento de uma disciplina ou até do curso se a disciplina é pré-requisito para uma próxima, que é "pré" para outra e outra, formando uma "bola de neve".
Eu não sou a favor de "acochambrar" os cursos de engenharia, acredito apenas que a forma como as coisas são passadas poderia ser diferente para motivar mais os alunos. Hoje em dia um método chamado Problem Based Learning (PBL) está muito "na moda". Já há iniciativas de aplicação desse PBL em engenharia tentando "amarrar" as disciplinas através de problemas reais do mercado e mostrando como cada coisa se encaixa para resolver o problema. Acho isso ótimo. A postura de alguns professores também poderia ser diferente. Poderia-se dividir focos nos cursos para aqueles que querem seguir carreira acadêmica e aqueles que querem seguir para o mercado, inserindo até disciplinas que contribuam para um amadurecimento maior nesses focos (sobre como achar boas fontes ou como portar-se diante de um cliente, por exemplo); não dá para ensinar tudo na universidade, mas poderia-se pelo menos estimular esse aprendizado. Tem muita coisa bacana na universidade, há muitos acertos, mas também há problemas.
Ingressar no Ensino Superior é algo que requer maturidade. Muitas vezes o estudante muda de cidade, sai de casa pela primeira vez e logo vê-se obrigado a lidar com as responsabilidades do curso, afazeres domésticos, gerenciar seu dinheiro, um novo ambiente, novas pessoas, os apelos para festas, etc. É um processo muito interessante que eu acho que todos deveriam passar (não exatamente da mesma maneira), é uma lição de vida sem igual. Muitas vezes, no final de um semestre, você olha para trás e vê que as coisas tão complicadas do começo daquela disciplina agora parecem fáceis. Você cresce, mas aquela mensagem constante que o artigo cita: "Você não é tão bom quanto você pensava que fosse!" na maioria das vezes acaba sobrepondo-se e você se sente derrotado mesmo depois de ter feito até mais que podia (sacrificar seu sono, sua saúde, sua vida social não pode ser considerado algo "normal"). As coisas poderiam ser melhor planejadas para "encaixarem-se" e propiciar um crescimento contínuo e benéfico, produzindo profissionais conscientes, motivados, bons cidadãos e não apenas pessoas com grande aptidão técnica e nada mais.
Bom é isso que eu queria comentar. Como escrevi bastante, vou colocar dois vídeos do YouTube para descontrair um pouco.





Ele vai poder ter uma vida normal? NÃO. Muito boa!


Doce ilusão...


Gabriel Francisco Pistillo Fernandes
Engenharia de Computação 2007 - UFSCar

terça-feira, 15 de julho de 2008

Jack: O PC-tomada

Responda rápido: o que é aquilo entre os dois monitores na foto ao lado?
Uma tomada? Errou, é um computador!
Este é o JackPC, da ChipPC, ele é um thin client ultra compacto que pode ter até 128MB de ram, 1,2GHz de processador, 8MB de vídeo, tem 4 saídas USB, saída de vídeo, saída de áudio e roda Windows CE.
O conceito de thin client não é nenhuma novidade e existe desde os primórdios da computação quando as aplicações rodavam em mainframes (computadores centrais) e havia os "terminais burros" que apenas entravam dados ou faziam consultas ao mainframe. Depois veio o PC e a era da computação distribuída que culminou com a internet e deixou tudo como conhecemos hoje (cada um com sua máquina, rodando os programas localmente).
O bacana é que com a miniaturização dos componentes um computador com poder de processamento razoável cabe no espaço de uma tomada, deixando muito espaço livre a abrindo várias possibilidades de aplicações em locais como quartos de hotel ou salas de hospitais, por exemplo.
Quer saber mais sobre o JackPC? Leia o PDF de apresentação do produto e veja o site da ChipPC que tem mais fotos do produto.

Numerar linhas automaticamente no Excel

Sabe quando você precisa fazer alguma coisa chata e pensa: "deve ter um jeito mais fácil de fazer isso, não é possível..."? Então, aconteceu comigo esses dias quando eu precisei numerar, seqüencialmente, células em uma coluna no Excel.
Quando são poucas linhas, tudo bem, mas quando você chega lá pela vigésima célula sua paciência já está acabando... Resolvi então procurar se não havia uma forma de fazer isso automaticamente. E sim, há uma saída!
Encontrei a resposta na (excelente, por sinal!) ajuda on-line do Office. Basta iniciar a seqüencia (pode até ser de dois em dois, só os ímpares...), selecionar as primeiras células e arrastar pelas células em que você quer que os números apareçam. Se você não entendeu essa explicação porca superficial, tá tudo explicadinho (tem até figura) lá na ajuda do Office.
Uma outra dica bacana que eu encontrei por lá depois foi como exibir ou ocultar fórmulas em uma planilha. Isso é muito útil, por exemplo, se você não quer que seu cliente veja quais cálculos você usou para chutar o preço precificar um projeto numa planilha que você enviará pra ele por e-mail.

Quer comprar uma equipe de Fórmula 1?

Sempre quis ter sua própria equipe de Fórmula 1? Procurando por um carro, trailers e equipamentos? Pare de procurar!
A Super Aguri será leiloada até o final do mês na internet. Segundo a administradora, o público alvo do leilão são empresas ou pessoas que pretendam criar uma equipe de Fórmula 1 ou de outra categoria automobilística.


Eu só não vou entrar no leilão porque esse mês já comprei uma equipe da Nascar e tô meio sem tempo sabe...

+Veja mais no Terra.

Contando as calorias

Um dos posts mais populares do blog, segundo nossas estatísticas de acesso, é um sobre a quantidade de calorias de cada alimento.
Na época foi um post curto e despretensioso com um link para uma tabela de calorias no Terra. Como ele fez sucesso, decidi procurar mais ferramentas na internet para sabermos as calorias de cada alimento. Encontrei em um site especializado (muito bom por sinal) duas ferramentas: uma calculadora de quantas calorias você ingere por dia e uma calculadora de quantas calorias você gasta por dia. Através delas você pode, informalmente, saber como anda sua dieta.
Lembrando sempre que o ideal é consultar um nutricionista, que dietas milagrosas não existem e que você não deve acreditar cegamente em tudo que lê pela internet.

Dieta é calvário minha gente...

É isso aí, um abraço pra geração saúde!

Dia Internacional do Homem

Parabéns à todos os homens, hoje é dia Internacional do Homem!


Pois é... Duvida? Procura no Google.