FBI interroga menina por montagem anti-Bush

Julia Wilson é uma adolescente norte americana de 14 anos. Em uma aula de biologia ela foi retirada da sala. Até aí tudo bem, essa cena ocorre diariamente em todo o mundo. Mas... Como ela é uma cidadã estadunidense... Ela foi questionada por dois agentes federais durante 15 a 20 minutos, em um interrogatório que segundo a menina a fez chorar e foi realmente assustador. O crime dessa perigosa garota de 14 anos? Colocar uma montagem da foto de George W. Bush com o desenho de uma adaga perfurando sua mão e os dizeres "Kill Bush" em seu perfil no site MySpace. Ela já descobrira, em uma aula de história, que este tipo de ameaça ao presidente é tratada como crime federal, então já havia retirado a imagem da página, o não foi suficiente para conter a ira do FBI, que já havia resolvido investigar a "ameaça de terrorismo".
Exageros à parte na narrativa do fato, é ou não algo assustador? Não o fato da menina ter sido interrogada, mas o modo com que a liberdade de expressão foi cerceada nesse episódio. E isso não foi um fato isolado, George W. Bush já pediu dados de buscas realizadas na internet em sites como o Google, MSN e Yahoo e, mais recentemente, o congresso americano aprovou uma lei que permite ao presidente dos Estados Unidos intervir livremente em qualquer parte do mundo. Tudo bem que isso já acontecia, mas agora está institucionalizado, é uma premissa, um direito dele. É preocupante o rumo que isso tudo tomará. Até que ponto essa "luta contra o terror" será usada para justificar abusos dos mais diversos tipos?
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